quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Aspecto psicológico do desfralde


Oi meninas!!!

Como nosso Café com Lulus está crescendo quase gente grande, hoje teremos uma profissional falando sobre o  desfralde sobre o prisma psicológico.

A Fabiana é psicologa e mãe de um menino lindo de 2 aninhos, ou seja não é só teoria, ela sabe muito bem como é uma criança no auge dos seus 2 anos rs

Aproveitem!!!!

A pedido de minha amiga Carina, falarei de maneira bem simples, a respeito do desfraldamento, de um ponto de vista psicológico.

É comum a todas as mães, principalmente as de primeira viagem, preocupar-se com o desenvolvimento sadio de seu filho. E notadamente, é esperado que seja assim, pois qualquer mudança na vida da criança, se ocorrer de forma indesejada por esta, pode  acarretar em traumas, que refletirão  na formação da personalidade. E com a retirada das fraldas não é diferente.

Fisiologicamente, a criança entre 2 e 3 anos de idade, já consegue controlar os esfíncteres, e é nesse momento que se inicia o treinamento ao peniquinho. Associado a isso, também lhe é explicado à noção de limpo e sujo. Dependendo de como os pais ou o cuidador lida com essa nova etapa, a criança pode se tornar um adulto controlador, obsessivo compulsivo, supereconômico (famoso mão de vaca), ansioso, dentre outros sintomas.

Um exemplo disso, poderá ocorrer nos casos dos os pais  punirem as crianças quando estas deixarem escapar xixi ou cocô na roupa, na fase de treinamento. É preciso estar ciente de que a criança não está “neurologicamente” preparada, e é de fundamental importância que se tenha paciência e muita afetividade. Punição não resolve, e sim explicar o que é certo ou errado. Além da punição, muitos pais, talvez pela correria do dia a dia, acabam apressando a criança, dando- lhe ordens como: “vai, anda logo!”, isso só irá desesperá-la e torna-la ansiosa.

A respeito da noção de sujo e limpo, não é adequado que se fique repetindo para a criança que o cocô é muito nojento. Para os pequeninos, é algo que saiu de dentro deles, por isso é muito valioso, como se fosse uma obra de arte, e algumas vezes eles oferecem as suas fezes aos pais em forma presente, ou então, acenam para ela no vaso sanitário.

 Nesse momento, não é recomendável criticá-los e se for possível, acene junto com eles e participe do festejo, isso irá motivá-los a voltar a fazer cocô no vaso outras vezes, pois foi vivido de maneira divertida. Muitos adultos, até se tornam verdadeiros escultores ou artistas, se teve uma passagem satisfatória pela “fase anal”. Já no caso em que os pais ensinam para o filho, que o cocô é fedido, sujo e nojento, estes podem tornar-se adultos com manias de limpeza ou extremamente rígidos. Alguns podem até chegar à fase adulta apresentando sintomas físicos, como por exemplo, dificuldade em evacuar.

Vale enfatizar que o comportamento, os sintomas ou as neuroses que manifestamos hoje, podem ser reflexos do que vivemos na infância, mesmo sendo em um momento muito precoce de nossa vida, pois fica registrado em nossa mente, e talvez não esteja acessível a nossa consciência, mas está lá, no lado mais obscuro da mente, o inconsciente.

Aos pais, é importante que se pense que cada criança tem seu próprio desenvolvimento, por isso, cuide e eduque da forma mais natural possível, respeitando o tempo dela para cada coisa. Tente evitar compara-los com o filho da amiga, ainda que tenham a mesma idade, pois no momento certo, quando ele começar a dar os sinais, você conseguirá saber se seu filho está realmente pronto para mais uma mudança em sua vida.

Cada criança tem seu tempo



 Obrigada Fabiana, amei sua participação!

Segue os contatos do consultório da nossa psicologa querida

Fabiana Pereira Misaka
Rua Barão do Rio Branco, 1089
Tel 18-3642-5922
Cel 18-8818 6070

Um comentário:

  1. Olá, para as mamães em rede, um novo espaço.
    Venha conhecer!
    Mamães em Rede

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